Figuras do Presépio invadem Monsaraz!

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Presépio gigante de rua, com figuras em tamanho real, regressa sexta-feira a Monsaraz. Pelas 11 da manhã, nas Portas da Vila, o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz abre a festa com os seus Cantos de Natal. As Figuras do Presépio tomam conta de Monsaraz. E até aos Reis, a vila medieval é delas! Delas (de quantos a habitam e gostam!) e dos muitos milhares que vão passar por lá para ver Natal dentro de muralhas com vistas d'Alqueva Espraia-se pelas ruas da vila até ao Largo do Castelo. Aí ficará o conjunto principal: A Virgem, São José e o Menino Jesus. As outras figuras (ao todo são 48) distribuem-se pelas ruas da vila. Em tamanho natural, estruturas de ferro e rede, cobertas por panos de cor crua, pintadas em tons pastel, rosa velho e lilases. Caras e mãos feitas em cerâmica. Por lá vão estar os Reis Magos, o pastor, os guardas do castelo, o oleiro, o almocreve, a lavadeira e a fiadeira. E muito mais! Tudo impermeabilizado e tratado para aguentar a chuva. À noi

É ou não é? - a pergunta que deu em fado de Amália Rodrigues!

As palavras são de Alberto Janes. A voz... só podia ser de Amália!
Nos tempos que correm... não podia vir mais a propósito aquela pergunta: Afinal... É ou não é?


Foi um dos êxitos da grande diva do fado.
Integrou o EP, lançado em Abril de 1970, constituído inteiramente por criações do letrista e compositor de Reguengos de Monsaraz.
A Rita Yé, Yé, Vai de Roda Agora e Lá na Minha Aldeia foram outras das composições que surgiram naquele disco.




As voltas que a vida dá... Alberto Janes fez a vontade do pai, proprietáro da Farmácia Moderna em Monsaraz, segui-lhes as pisadas e fez-se doutor em artes farmacêuticas na Universidade do Porto.
Mas nunca conseguiu esquecer que a sua grande vocação passava pelas canções. E foi na voz de Amália que os seu sonhos ganharam vida, voz e tempo!

Amália Rodrigues,  É ou não é? aqui num espectáculo em Itália.


É ou não é
Que o trabalho dignifica
É assim que nos explica
O rifão que nunca falha?

É ou não é
Que disto, toda a verdade
Que sabe por dignidade
No mundo, ninguém trabalha!

É ou não é
Que o povo nos diz que não
Que o nariz não é feição
Seja grande ou delicado?

No meio da cara
Tem por força que se ver
Mesmo a quem o não meter
Aonde não é chamado!

Digam lá se assim ou não é?
Ai, não, não é!
Ai, não, não é!
Digam lá se assim ou não é?
Ai, não, não é! Pois é!

É ou não é
Que o velho que à rua saia
Pensa, ao ver a minissaia:
Este mundo está perdido?

Mas se voltasse
Agora a ser rapazote
Acharia que saiote
É muitíssimo comprido?

É ou não é
Bondosa a humanidade
Todos sabem que a bondade
É que faz ganhar o céu?

Mas a verdade
Nua sem salamaleque
Que tive de aprender
É que ai de mim se não for eu!

Digam lá se assim ou não é?
Ai, não, não é!
Ai, não, não é!
Digam lá se assim ou não é?
Ai, não, não é! Pois é!

Digam lá se assim ou não é?
Ai, não, não é!
Ai, não, não é!
Digam lá se assim ou não é?
Ai, não, não é! Pois é!

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